Centenas de homens e mulheres lotavam o plenário da câmara de Esperantina. Os números dos descasos a estes trabalhadores impressionam. Mas eles não devem ser publicados. A indignação seria tanta que os maus intencionados fariam guerra contra os pobres trabalhadores. Seria outra injustiça. Melhor não publicar, melhor é contribuir para que as rugas, calos e cabelos brancos tenham, em breve, dias melhores.
O trabalho da justiça e o apoio do atual governo local permitirá amenizar os sofrimentos que estão por vir aos homens e mulheres que vigiaram, zelaram, limparam e deram suas vidas à cidade em troca de migalhas pagas pela prefeitura, anos à fio.
Na terça, 21, o escritório de advogados praticamente se instalou na câmara. Caso a caso, história por história, todos foram ouvidos. Próximo será o juiz a ouvi-los.
Tudo transcorreu com seriedade.
Apesar da gravidade do caso, trabalhadores logo que saíram da audiência, no caminho de suas casas ouviram lideranças eleitas dizerem: "__Confia mesmo que estão lhe levando para um caminho certo?"
É isto: gerar a dúvida em pessoas já receosas e inseguras pela ameaça certa do desemprego. É ponto na tentativa de desarrumar a força daqueles pais de família.
Há quem descaradamente não se importe em falar sério sobre o destino de dezenas de novos desempregados, com uma vida de direitos esquecidos e de saúde desgastada.
Acontece que ainda mais certo é que a vitória final sempre está com a verdade. Os esperançosos marcham juntos à procura de se manterem nos empregos. E o que não for possível, que tenha ressarcido os dias de juventude que trabalhou pela cidade ao tempo em que elegia seus representantes políticos.
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