sexta-feira, 24 de junho de 2011

TIROU OS SALÁRIOS, MAS DEU ESMOLAS

Um homem nos conta sua história de anos como trabalhador da prefeitura de Esperantina.

Em 1993 empregou-se na função de vigia e zelador, das 7 as 23 horas, 9 anos seguidos. Suas férias eram as noites ao chegar em casa. A carga de trabalho escravizava mas ficava calado, tinha medo de dizer não e perder o emprego.

Ao descobrirem suas múltiplas capacidades foi jardineiro, eletricista, encanador, fiscal e co piloto. Era chamado para tudo e também mau pago.

Na pressão da esposa, foi ao secretário do prefeito, lamentou das dívidas da família e pediu uma cesta básica.  O secretário mostrou ao prefeito Y que o pedido foi uma afronta. E por reclamação do atraso do salário o trabalhador ganhou a demissão. Assim foram aqueles tempos: crise financeira, demissão do emprego e separação civil.
Veio então o prefeito X que parou de pagar em março. E já era agosto quando o trabalhador resolveu pedir comprovante do ultimo pagamento (fevereiro). Que surpresa!! O contracheque era de agosto. Reclamou. Mas pediram para se conformar com aquilo mesmo.

O X sempre dizia que iria pagar o trabalhador. Então marcava na prefeitura, mudava para casa, enrolava até madrugadas. E dias depois dizia: "Guerreiro a coisa tá ruim né? Tome filho, R$100,00 é todo seu. Mas eu ainda vou pagar seu salário".

O trabalhador, alegre, voltava pra casa com o docinho para a esposa.

Neste tempo, o trabalhador ainda tinha a idosa mãe e esta uma magra aposentadoria que também o sustentava.

O prefeito Z fez uma proposta ao trabalhador: "dos 9 meses que lhe devem, se eu pagar 4, fica um pelo outro? O trabalhador, sujeito a toda miséria, disse sim. Mas no dia do acerto, o prefeito é internado.

Os nove meses ficaram mesmo pago nas 11 esmolas de 100,00 cada uma, recebida quando o prefeito tirava do bolso da calça e lhe entregava junto com um forte abraço e um beijo.

E assim, o prefeito ainda se saiu de bom. O "bom" moço e sua caridade ofertou 1.100 ao trabalhador que ficou sem receber 4.410,00 dos meses trabalhados. Tirou os salários, mas deu esmolas.

O povo tem o governo que merece. Sábio ditado. Mas no caso de Esperantina os candidatos eleitos na maioria traem o povo com falsas promessas.

Enquanto isso, os sábios que se indignam com a tragédia esperantinense nada ou pouco fazem além de falarem isoladamente.

Estamos tentando corrigir um pouco desta tragédia. CLIQUE AQUI E VEJA.

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