Estive em Imperatriz e Itinga, cidades do Maranhão. Naquela, mora minha mãe, nesta, meu pai. Ambos com 70 anos. Revi, novamente, as minhas origens, em tal e qual condição em que partiram nos meus 12 anos de idade quando deixaram a cidade de Parnaíba - Piauí, nossa terra natal, onde fiquei aos cuidados de minha vó Francisca, doméstica, e vô Raimundo, pescador.
A vida de meu pai, antes retirante rural pela falta de comida, agora em Itinga, continua no campo, em assentamento agrário. Hoje ele faz um requeijão de leite de vaca que é espetacularmente saboroso. Nos outros dias uns vinte litros de leite/dia é jogado aos porcos. Não ha no local comércio do leite. Na vizinhança de meu pai, estimo a derrama de uns três mil litros, todo mês.
Lá pelas 16 horas,
era hora de tomar um banho em família, eramos uns 8 em direção ao riacho 'com água de geladeira'. Até o pequenino Artur (meu filho, 1,5 ano) topava um mergulho e um passeio de câmara de pneu na correnteza firme. A mãe do pequeno, ficava olhando e fotografando, sempre por perto.
Passeios na égua; dar comida aos cinco mil peixes no pequeno açude com capacidade para um mil; jogar sinuca; assistir filmes e jogos (Santos 4 X 5 Flamengo); tomar benção pai, benção mãe; colher feijão e sementes de estilozante; tomar água de coco; comer peixe e galinha caipira; brincar e dormir com meu filho e minha esposa....
É, o mundo é um grande livro. Alguns de nós se delicia em suas páginas, outros de nós rasgam as belas páginas e outros, bem poucos de nós, tenta, desesperadamente, escrever estes livros em lugares onde há fome e dor.
Pois aqui estamos de volta à nossa Esperantina.
E você, o que é neste grande livro? Qual destes 'outros' você é?
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